Comecei a ensinar Mandarim em 2018 e, após três anos na profissão, posso dizer que nunca gostei tanto do idioma como hoje.
Sou chinesa nativa e, portanto, falar mandarim sempre foi algo natural, de modo que nunca o enxerguei como algo interessante ou repleto de histórias e tradições. Eu o via simplesmente como “a coisa mais normal do mundo”.
No entanto, quando comecei a ensinar as pessoas, o idioma começou a me transformar. Me tornei uma pessoa mais calma e compreensiva, porque preciso ser paciente com meus alunos; me tornei uma pessoa sensível, porque preciso ser ágil em perceber quando meus alunos estão com dificuldades e tentar motivá-los; me tornei uma pessoa corajosa, porque preciso encontrar soluções para ajudar os alunos a enfrentar suas barreiras; me tornei uma pessoa companheira, porque preciso ficar ao lado dos meus alunos nesse caminho desafiador em busca de conhecimento, rindo juntos e chorando juntos.
O idioma não é só uma ferramenta de comunicação, porém mais do que isso, ele representa a cultura de uma nação, a filosofia de vida de um povo e a lógica de pensamento das pessoas.
Inclua o mandarim na sua mesa, inclua o mandarim na sua vida.